NEUROMODULAÇÃO DO TIBIAL POSTERIOR COMO UMA FORMA DE TRATAMENTO DA HIPERATIVIDADE DETRUSORA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Andreia Mayara da Silva/ Faculdade ASCES Gabrielly de
Oliveira Silva/ Faculdade ASCES Thamyris Isabella Cabral e Silva/ Faculdade
ASCES Vitor Caiaffo Brito/ Faculdade UFRPE Belisa Duarte Ribeiro de Oliveiro/
Faculdade ASCES/ email: Belisaduarte@yahoo.com.br
INTRODUÇÃO: A incontinência
urinaria é uma desordem miccional, caracterizada pela perda involuntária de
urina, que trás consigo fonte de constrangimento, dificuldade social e de
higiene que interfere na percepção de saúde, na satisfação sexual e
conseqüentemente na qualidade de vida do indivíduo acometido. Pode afetar
qualquer faixa etária e não depende somente da integridade ou comprometimento
do trato urinário inferior. A síndrome da bexiga hiperativa (BH), ou síndrome
de urgência é um diagnóstico clínico que foi definido pela da Sociedade
Internacional de Continência (ICS) como urgência miccional, com ou sem
urge-incontinência, na ausência de fatores infecciosos, metabólicos ou local
usualmente acompanhada de noctúria e de aumento da freqüência urinária, o
último sintoma caracteriza-se por um aumento no número de micções em 24 horas
que, em condições normais, não excede a oito, mas pode ultrapassar 20 em
pacientes com hiperatividade detrusora. Objetivo: O presente estudo tem como
objetivo levantar na literatura e evidenciar através dos diversos estudos
existentes a eficácia da eletroestimulação no tibial posterior em pacientes com
hiperatividade detrusora. Método: A metodologia de desenvolvimento do trabalho
consiste em uma extensa pesquisa de revisão de literatura sistemática, baseada
em pesquisas em artigos científicos, revistas e sites de busca na internet tais
como Scielo, Pubmed e Lilacs; procurados em português e inglês com os
descritores: ‘urinary bladder overactive’, ‘posterior tibial’, e ‘percutaneos
eletric nerve estimulation’ combinados entre si. Após a extração das
referências, avaliar-se-á relevância e especificidade dos estudos, com a
finalidade de sistematizar aspectos clínicos e intervenções terapêuticas do
presente estudo. Os critérios de inclusão obedecerão à cientificidade do
conteúdo pesquisado, sendo assim, apenas os trabalhos encontrados em revistas
indexadas e bancos de dados científicos serão incluídos no universo amostral.
Os critérios de exclusão serão baseados em artigos sem indexação e/ ou
qualidade científica. Resultado: O tratamento da incontinência urinária
decorrente da hiperatividade detrusora vem assumindo novas proporções nos
últimos tempos, e baseia-se numa combinação de recursos farmacológicos e não
farmacológicos. O tratamento não farmacológico tem passado de coadjuvantes a
tratamento principal, devido aos excelentes e promissores resultados, esses
englobam a parte comportamental, fisioterapêutica e cirúrgica. Dentre os
recursos utilizados na fisioterapia
está a estimulação elétrica do nervo tibial posterior que consiste em uma
técnica recente, aplicada primeiramente por McGuire em 1983 trata-se de uma
forma de tratamento pouco invasivo, e baseia-se na ativação de reflexos
inibitórios pelas vias aferentes dos nervos pudendos, onde ocorre ativação das
fibras simpáticas nos gânglios pélvicos e no músculo detrusor.
O nervo tibial posterior é um nervo misto e
suas raízes nervosas têm origem em L4 e L5, S1 a S3, desta forma possuem
inervações comuns às da bexiga, sendo assim, a estimulação de forma direta
deste nervo deve inibir os ramos aferentes S2-S4 suprindo a atividade da
bexiga. A eletroestimulação consiste no uso da corrente elétrica para
proporcionar fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, pode ser
dividida em neuroestimulação e neuromodulação. A neuroestimulação do assoalho
pélvico tem como objetivo estimular as fibras motoras eferentes do nervo
pudendo para proporcionar contrações na musculatura pélvica. O objetivo da
neuromodulação é a remodelação do reflexo neural. Conclusão: A estimulação
elétrica do nervo tibial posterior tem-se mostrado uma técnica inovadora, onde
através da estimulação das fibras aferentes do nervo pudendo influencia na
inibição do reflexo de contração do detrusor, pelo acesso mais periférico se
torna mais aplicável facilitando a adesão ao tratamento, o que a torna uma
alternativa satisfatória e eficaz no tratamento das disfunções miccionais.
Palavras chaves: Hiperatividade detrusora, neuromodulação, tibial posterior.
Andreia Mayara da Silva (Andreia2205@hotmail.com) (087) 9637-0030
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