sábado, 12 de dezembro de 2015

NEUROESTIMULAÇÃO E NEUROMODULAÇÃO: PARA PROBLEMAS GERAIS DE BEXIGA

NEUROMODULAÇÃO DO TIBIAL POSTERIOR COMO UMA FORMA DE TRATAMENTO DA HIPERATIVIDADE DETRUSORA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA


Andreia Mayara da Silva/ Faculdade ASCES Gabrielly de Oliveira Silva/ Faculdade ASCES Thamyris Isabella Cabral e Silva/ Faculdade ASCES Vitor Caiaffo Brito/ Faculdade UFRPE Belisa Duarte Ribeiro de Oliveiro/ Faculdade ASCES/ email: Belisaduarte@yahoo.com.br

INTRODUÇÃO: A incontinência urinaria é uma desordem miccional, caracterizada pela perda involuntária de urina, que trás consigo fonte de constrangimento, dificuldade social e de higiene que interfere na percepção de saúde, na satisfação sexual e conseqüentemente na qualidade de vida do indivíduo acometido. Pode afetar qualquer faixa etária e não depende somente da integridade ou comprometimento do trato urinário inferior. A síndrome da bexiga hiperativa (BH), ou síndrome de urgência é um diagnóstico clínico que foi definido pela da Sociedade Internacional de Continência (ICS) como urgência miccional, com ou sem urge-incontinência, na ausência de fatores infecciosos, metabólicos ou local usualmente acompanhada de noctúria e de aumento da freqüência urinária, o último sintoma caracteriza-se por um aumento no número de micções em 24 horas que, em condições normais, não excede a oito, mas pode ultrapassar 20 em pacientes com hiperatividade detrusora. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo levantar na literatura e evidenciar através dos diversos estudos existentes a eficácia da eletroestimulação no tibial posterior em pacientes com hiperatividade detrusora. Método: A metodologia de desenvolvimento do trabalho consiste em uma extensa pesquisa de revisão de literatura sistemática, baseada em pesquisas em artigos científicos, revistas e sites de busca na internet tais como Scielo, Pubmed e Lilacs; procurados em português e inglês com os descritores: ‘urinary bladder overactive’, ‘posterior tibial’, e ‘percutaneos eletric nerve estimulation’ combinados entre si. Após a extração das referências, avaliar-se-á relevância e especificidade dos estudos, com a finalidade de sistematizar aspectos clínicos e intervenções terapêuticas do presente estudo. Os critérios de inclusão obedecerão à cientificidade do conteúdo pesquisado, sendo assim, apenas os trabalhos encontrados em revistas indexadas e bancos de dados científicos serão incluídos no universo amostral. Os critérios de exclusão serão baseados em artigos sem indexação e/ ou qualidade científica. Resultado: O tratamento da incontinência urinária decorrente da hiperatividade detrusora vem assumindo novas proporções nos últimos tempos, e baseia-se numa combinação de recursos farmacológicos e não farmacológicos. O tratamento não farmacológico tem passado de coadjuvantes a tratamento principal, devido aos excelentes e promissores resultados, esses englobam a parte comportamental, fisioterapêutica e cirúrgica. Dentre os recursos utilizados na fisioterapia está a estimulação elétrica do nervo tibial posterior que consiste em uma técnica recente, aplicada primeiramente por McGuire em 1983 trata-se de uma forma de tratamento pouco invasivo, e baseia-se na ativação de reflexos inibitórios pelas vias aferentes dos nervos pudendos, onde ocorre ativação das fibras simpáticas nos gânglios pélvicos e no músculo detrusor.

 O nervo tibial posterior é um nervo misto e suas raízes nervosas têm origem em L4 e L5, S1 a S3, desta forma possuem inervações comuns às da bexiga, sendo assim, a estimulação de forma direta deste nervo deve inibir os ramos aferentes S2-S4 suprindo a atividade da bexiga. A eletroestimulação consiste no uso da corrente elétrica para proporcionar fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, pode ser dividida em neuroestimulação e neuromodulação. A neuroestimulação do assoalho pélvico tem como objetivo estimular as fibras motoras eferentes do nervo pudendo para proporcionar contrações na musculatura pélvica. O objetivo da neuromodulação é a remodelação do reflexo neural. Conclusão: A estimulação elétrica do nervo tibial posterior tem-se mostrado uma técnica inovadora, onde através da estimulação das fibras aferentes do nervo pudendo influencia na inibição do reflexo de contração do detrusor, pelo acesso mais periférico se torna mais aplicável facilitando a adesão ao tratamento, o que a torna uma alternativa satisfatória e eficaz no tratamento das disfunções miccionais. 
Palavras chaves: Hiperatividade detrusora, neuromodulação, tibial posterior. Andreia Mayara da Silva (Andreia2205@hotmail.com) (087) 9637-0030

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